Segundo a proposta do Estado, que será votada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso na segunda-feira (22), a ideia é decretar feriado do dia 24 ao dia 26 de março (quarta a sexta da próxima semana)
O deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral (PT) criticou a antecipação dos feriados proposta pelo governador Mauro Mendes (DEM) nesta sexta-feira (19). O petista disse que o chefe do Executivo insiste na "teimosia" de não decretar quarentena em todo estado e afirmou que a medida é "insuficiente".
Segundo a proposta do Estado, que será votada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso na segunda-feira (22), a ideia é decretar feriado do dia 24 ao dia 26 de março (quarta a sexta da próxima semana), e também nos dias 1 e 2 de abril (quinta e sexta) da semana posterior para barrar a circulação do vírus.
Contudo, conforme o deputado, a medida seria insuficiente, uma vez que o intervalo dos dias 29, 30 e 31 diminuiria os efeitos conquistados pela suspensão das atividades nos demais dias. Para Lúdio, que defende a quarentena total no estado desde janeiro, a ação mais acertada seria estender o feriado sem interrupções.
"Teimosia em não decretar quarentena. É preciso conter o ciclo de transmissão do vírus", disse. "O governo precisa trabalhar com o conhecimento do comportamento do vírus. A taxa de contágio do vírus tem um comportamento que é exponencial. O ciclo de transmissão do vírus dura entre 10 a 14 dias", acrescentou.
À reportagem, o petista afirmou que a eficiência diminuída com os dias em que as atividades retornarão, entre os feriados, se assemelha ao toque de recolher, que restringe a circulação durante a noite e tem seus efeitos diluídos com o retorno das atividades no dia seguinte.
Apesar das críticas, o deputado apontou que não se colocará contra a medida na Casa de Leis, tendo em vista que "qualquer ação é melhor do que nada".
"A questão é avaliar qual é o impacto dela. Essa medida é positiva, é melhor que nada. O toque de recolher é melhor do que nada. Essa medida é mais um passo em direção à querentena é melhor do que nada. Porém, ela ainda é insuficiente para o cenário que estamos vivendo", disse o parlamentar.
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