O problema é que havia poucos torpedos disponíveis e com a distância para fazer a recarga
O Hospital Regional de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá) passou por um problema inesperado na última semana. A falta de vasilhames ou torpedos de oxigênio, mesmo com o produto disponível para atender a unidade. Para resolver a questão, foi realizada uma campanha entre os empresários para arrecadar esse material e evitar que faltasse aos pacientes, especialmente os diagnosticados com covid-19.
Segundo o Hospital Regional, a empresa que fornece o oxigênio fica em Sinop (500 km ao norte), município distante cerca de 200 quilômetros, com um percurso que demora quase 3 horas para ser feito. Os cilindros de oxigênio são recarregados assim que acaba o material dentro, de forma que o vasilhame é sempre reutilizado.
O problema é que havia poucos torpedos disponíveis e com a distância para fazer a recarga, a situação se tornou preocupante, já que o consumo de oxigênio aumentou consideravelmente nos últimos dias por causa dos atendimentos de covid-19 que também cresceram.
Com a campanha foram arrecadados 30 cilindros, que foram suficientes para que o atendimento aos pacientes fosse feito enquanto é realizada a viagem para a recarga. O material foi emprestado à prefeitura, que administra o hospital por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Vale do Peixoto.
Falta de oxigênio em outros hospitais
O problema em Peixoto de Azevedo trouxe à tona denúncias de que o problema também ocorreria em outras unidades. No entanto, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES) isso não passa de fake news, pois não há falta desse insumo nos hospitais geridos pelo Estado.
Em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde - que recebe pacientes encaminhados pelo Estado para atendimento na Capital - também informou que, apesar do aumento da demanda, há oxigênio suficiente para atender os pacientes e nenhuma perspectiva de falta do material.
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